sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Cientistas descobrem nova proteína que contribui para obesidade

Uma pesquisa realizada na Universidade de Monash, na Austrália, revela uma nova proteína que inibe o hormônio leptina, no cérebro e que é um dos principais fatores que tem contribuído para a progressão da obesidade mórbida. O estudo que foi publicado no periódico americano Cell Metabolism, é uma importante ajuda para o desenvolvimento de novos tratamentos da doença.

Segundo pesquisadores, existe uma terceira proteína inibidora de leptina no cérebro, além de duas já conhecidas e que também são responsáveis pela obesidade mórbida. Cada uma dessas três proteínas age em diferentes estágios da doença. A leptina faz com que o corpo aumente o gasto de energia e diminua o consumo de alimentos. Assim, a resposta do corpo a leptina resiste e diminui em pessoas obesas ou com sobrepeso, como se elas rejeitassem o hormônio.
A leptina é um hormônio produzido pelas células adiposas, que armazenam gordura, e que atua sobre o hipotálamo, parte do cérebro que regula o apetite. Ela é responsável pela diminuição do consumo de alimentos e no aumento de calorias queimadas. Proteínas que bloqueiam esse hormônio são observadas em maior quantidade em pessoas muito gordas e contribuem para o aumento da obesidade.
Para a pesquisa, foram realizados testes em camundongos em que exames revelam que essa terceira proteína, se tornou mais abundante com o ganho de peso, aumentando a resistência à leptina e acelerando o desencadeamento da obesidade mórbida. O estudo também mostrou que esses três reguladores negativos do hormônio produzem efeitos em diferentes estágios, dado que pode ser fundamental pra o desenvolvimento de novos remédios. Ainda segundo testes realizados em outros camundongos, mostram que o ganho de peso foi amplamente evitado e geneticamente modificado e que obtiveram dois dos reguladores negativos eliminados do cérebro. A partir dos resultados apresentados, o estudo prevê realizar outros testes, para determinar o que acontece quando as três proteínas são neutralizadas e descobrir se isso é o suficiente para evitar a progressão da doença.
A pesquisa ainda está em andamento pois é preciso conhecer mais sobre como e quais proteínas inibem a leptina e podem ajudar no desenvolvimento de novas drogas para combater a obesidade, além de auxiliar na escolha da melhor dieta e atividades físicas para os obesos.

Obesidade


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um a cada dez adultos e 170 milhões de crianças no mundo são obesos. A OMS estima que obesidade e sobrepeso são a quinta maior causa de morte mundial: pelo menos 2,8 milhões de adultos morrem a cada ano em decorrência desse problema. De acordo com dados do IBGE, 48% da população brasileira tem sobrepeso e 15% sofre de obesidade.


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